21 de abril de 2010

Belo Monte


Confesso que sempre busco pelas atividades dos ativistas do Greenpeace e acho que essa merece destaque...


Ativistas do Greenpeace fazem manifestação em frente ao prédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Belo Monte é uma usina hidrelétrica projetada a ser construída no Rio Xingu, no estado do Pará. O lago da usina terá uma área de 516 km² a usina terá três casas de força.
A previsão é que, a usina será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas de a chinesa Três Gargantas e da Itaipu. Seu custo é estimado é de R$ 19 bilhões. A energia assegurada pela usina terá a capacidade de abastecimento de uma região de 26 milhões de habitantes, com perfil de consumo elevado como a Região Metropolitana de São Paulo.
O leilão para definição do construtor da Usina de Belo Monte estava previsto para ocorrer em 21 de dezembro de 2009. Remarcado para o dia 20 de abril de 2010, houve a primeira suspensão, conforme liminar da Justiça Federal do Pará a partir de recomendação do Ministério Público Federal paraense que aponta irregularidades no empreendimento.O Ministério Público paraense também move outra ação pública, que pretende derrubar a licença ambiental concedida à obra. O diretor de licenciamento do Ibama, Pedro Alberto Bignelli, entretanto, defende que a construção de Belo Monte não atinge diretamente as terras indígenas da região, o que contraria a decisão judicial que suspendeu a realização do leilão e determina que o Ibama conceda uma nova licença prévia ao empreendimento.
No dia 16 de abril de 2010, o Tribunal Regional Federal acatou recurso da Advocavia Geral da e anulou a liminar que suspendia o leilão. Portanto, a data do leilão estava mantida.
No dia 19 de abril de 2010, houve uma nova suspensão, sendo concedido a liminar a partir de pedido do Ministério Público Federal. O juiz também mandou cancelar a licença prévia da obra e ressalta que a falta de dados sobre o projeto fere o princípio jurídico da precaução.
A Justiça cassou a liminar da suspensão, mas o advogado-geral da União disse que os processos judiciais contra a construção da usina não devem terminar com o leilão.
O leilão foi realizado em 10 minutos, em plena indefinição de uma nova liminar suspensiva, e foi vencido pelo Consórcio Norte Energia que ofereceu menor preço oferecido pela energia elétrica da futura usina.
O governo brasileiro ainda enfrentará questionamentos judiciais sobre a viabilidade econômica da obra e os impactos sociais e ambientais na região. Belo Monte deve começar a operar em fevereiro de 2015, mas a previsão é que as obras seguirão até 2019.

A revista Exame publicou:

Belo Monte limpa, não.
Belo Monte suja, sim


O Brasil deve ganhar 10.000 megawatts de capacidade de geração de energia elétrica com a entrada em operação de novas usinas movidas a óleo, gás natural e carvão entre 2009 e 2013. É um potencial quase equivalente ao previsto para a usina de Belo Monte, projeto que é alvo de uma chuva de críticas de ambientalistas e do Ministério Público. O motivo principal do questionamento de belo Monte é o impacto ambiental que a hidrelétrica do rio Xingu provocaria. O paradoxo é que, enquanto a construção de hidrelétricas – fonte de energia limpa e renovável – é emperrada, centenas de termelétricas movidas a combustíveis poluentes, causadores de emissão permanente enquanto estão ligados, não param de ser liberadas. Em 1989, as hidrelétricas geravam 92% da energia consumida no país, ao passo que as termelétricas movidas a gás natural, carvão e óleo respondiam por 4%. Hoje, as usinas hidrelétricas participam com 79% da produção de energia. As termelétricas, com 11%, geram quase o triplo de 20 anos atrás.”


Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/
Revista Exame edição 966 nº7 ano 44 de 21/04/10 página 18

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Confesso que sempre busco pelas atividades dos ativistas do Greenpeace e acho que essa merece destaque...


Ativistas do Greenpeace fazem manifestação em frente ao prédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Belo Monte é uma usina hidrelétrica projetada a ser construída no Rio Xingu, no estado do Pará. O lago da usina terá uma área de 516 km² a usina terá três casas de força.
A previsão é que, a usina será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas de a chinesa Três Gargantas e da Itaipu. Seu custo é estimado é de R$ 19 bilhões. A energia assegurada pela usina terá a capacidade de abastecimento de uma região de 26 milhões de habitantes, com perfil de consumo elevado como a Região Metropolitana de São Paulo.
O leilão para definição do construtor da Usina de Belo Monte estava previsto para ocorrer em 21 de dezembro de 2009. Remarcado para o dia 20 de abril de 2010, houve a primeira suspensão, conforme liminar da Justiça Federal do Pará a partir de recomendação do Ministério Público Federal paraense que aponta irregularidades no empreendimento.O Ministério Público paraense também move outra ação pública, que pretende derrubar a licença ambiental concedida à obra. O diretor de licenciamento do Ibama, Pedro Alberto Bignelli, entretanto, defende que a construção de Belo Monte não atinge diretamente as terras indígenas da região, o que contraria a decisão judicial que suspendeu a realização do leilão e determina que o Ibama conceda uma nova licença prévia ao empreendimento.
No dia 16 de abril de 2010, o Tribunal Regional Federal acatou recurso da Advocavia Geral da e anulou a liminar que suspendia o leilão. Portanto, a data do leilão estava mantida.
No dia 19 de abril de 2010, houve uma nova suspensão, sendo concedido a liminar a partir de pedido do Ministério Público Federal. O juiz também mandou cancelar a licença prévia da obra e ressalta que a falta de dados sobre o projeto fere o princípio jurídico da precaução.
A Justiça cassou a liminar da suspensão, mas o advogado-geral da União disse que os processos judiciais contra a construção da usina não devem terminar com o leilão.
O leilão foi realizado em 10 minutos, em plena indefinição de uma nova liminar suspensiva, e foi vencido pelo Consórcio Norte Energia que ofereceu menor preço oferecido pela energia elétrica da futura usina.
O governo brasileiro ainda enfrentará questionamentos judiciais sobre a viabilidade econômica da obra e os impactos sociais e ambientais na região. Belo Monte deve começar a operar em fevereiro de 2015, mas a previsão é que as obras seguirão até 2019.

A revista Exame publicou:

Belo Monte limpa, não.
Belo Monte suja, sim


O Brasil deve ganhar 10.000 megawatts de capacidade de geração de energia elétrica com a entrada em operação de novas usinas movidas a óleo, gás natural e carvão entre 2009 e 2013. É um potencial quase equivalente ao previsto para a usina de Belo Monte, projeto que é alvo de uma chuva de críticas de ambientalistas e do Ministério Público. O motivo principal do questionamento de belo Monte é o impacto ambiental que a hidrelétrica do rio Xingu provocaria. O paradoxo é que, enquanto a construção de hidrelétricas – fonte de energia limpa e renovável – é emperrada, centenas de termelétricas movidas a combustíveis poluentes, causadores de emissão permanente enquanto estão ligados, não param de ser liberadas. Em 1989, as hidrelétricas geravam 92% da energia consumida no país, ao passo que as termelétricas movidas a gás natural, carvão e óleo respondiam por 4%. Hoje, as usinas hidrelétricas participam com 79% da produção de energia. As termelétricas, com 11%, geram quase o triplo de 20 anos atrás.”


Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/
Revista Exame edição 966 nº7 ano 44 de 21/04/10 página 18

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